O Eles e o Nós Quando Temos Nós Cegos
Para que não se cansem, AVISO, esta é uma estória que tem estórias diversas.
Mais uns dias de riqueza enorme no contacto com vocês e vocês são aqueles VÓS que também são o NÓS que faz com que o ELES seja algo distante. Confusos? Calculo que sim. Tal qual como eu.
Sei que às vezes escrevo assim, como algo que diz o não dito e que não diz a graça de muita gente, pela simples razão que não têm graça. Assim, quase como que uma resposta a um modelo conceptual vigente nos nossos espaços sociais e que poderia denominar como: "Aquele que podemos alcovitar mas não nomear".
Vem esta conversa a propósito de outras conversas que fui ouvindo esta sexta feira onde muitos de NÓS estivemos. Com ela lembrei-me de uma outra conversa que se passou à tempos numa escola em S. Jorge, Açores. Parece-me importante dizer-vos que embora não pareça, estas palavras têm tudo a ver com a Educação Inclusiva que almejamos.
Uma Educação Inclusiva numa escola que mude de verdade. Nas teorias, nas políticas e nas práticas. Mudança que seja convergente mas aceite a divergência. Mudança que gere inclusão. A mudança do próprio paradigma de escola. Mudança que não aconteça somente dentro da caixa. A caixa foi uma imagem interessante que NÓS ouvimos este fim de semana. Mas afinal alguns de NÓS que não são VÓS nem ELES pediram a mudança da lei, da caixa, não da escola.
Neste ponto de leitura, muitos de NÓS acharão este texto adjetivado, demasiado. Floreados a mais para um só texto, mesmo que sejam várias estórias.
Há já muitos anos um Professor, daqueles que não esquecemos, identificou nos textos esses tais floreados. Por isso perdeu muito do seu tempo para me ensinar a escrever por esquemas. Ao mesmo tempo ensinava-me as mensagens escondidas dos muitos esquemas que podemos escrever. Dos muitos esquemas que pode haver por trás dos esquemas. Lembrei-me disto porque esta semana por sugestão de um esquema procurei alguns esquemas que aqui partilho com NÓS.
Sim a sugestão foi de esquemas em pirâmide. Daqueles que o "Inserir" SamartArts do meu computador diz que, normalmente, são usados para mostrar "blocos de informações não sequenciais ou agrupados". Claro que as pirâmides podem ser, se formos criativos, invertidas.
Se o NÓS for muito criativo até poderemos esquematizar, no esquema mais níveis. Assim tipo mais caixas dentro da caixa. Mais níveis ao nível da escola.
Neste momento já todos percebemos que ao tempo e espaço que nos aproximamos do bico, do vértice, tenha ele a direcção que tiver, lemos menos participação, mais restrição.
Claro que NÓS também já esquematizamos informação em pirâmide. quando quisemos juntar algumas caixas. Mas é mesmo por isso que NÓS queremos que na caixa não só se descrevam algumas mudanças. NÓS queremos que elas também sejam esquema. Sim talvez, talvez o esquema dessas mudanças acabasse com a caixa. Que bom uma escola sem caixas. O esquema esquematizaria a mudança da própria escola. Mostraria o esquema por trás do outro esquema. A participação.
Mas estes esquemas colocam muitas interrogações. Não são RTI nem multiníveis. Por isso entram na caixa mas não têm direito a esquema. Estes são os esquemas que esquematizam outros sucessos. Outras mudanças e inovações que NÓS queremos. Mas alguns de NÓS, não esqueçamos, pediram a mudança da caixa, da lei. NÓS continuaremos a pedir mudanças nas leis, sem caixas, sem lei. Mesmo que sejam nomeadas sem NÓS, praticadas sem NÓS.
O ELES que também está em NÓS, ainda não percebeu as gerações de sonhos que NÓS ainda temos. Mesmo que sejam divergentes e por isso mesmo, um dia convergirão para voltarem a divergir.
NÒS já percebemos que nem sempre o NÓS consegue inovar e mudar tanto como NÒS queremos. Mas NÓS sabemos que há outras gerações de futuro. a não ser a 2ª geração, será a 3.ª geração ou a 4.ª geração. Um dia será a geração certa, a inovadora a que mude, a geração que nomeará a escola e que será nomeada na escola.
2016.11-27
Joaquim Colôa